O Bebê de Rosemary é uma obra-prima de Roman Polanski, que nos envolve do começo ao fim com seus mistérios, fazendo com que vivenciemos, juntamente com a protagonista, um dos piores pesadelos da história do cinema.
Sinopse: Rosemary e Guy Woodhouse (Mia Farrow e John Cassavetes) são recém
casados e mudam-se para o prédio conhecido como The Bramford, em
Manhattan. Logo já fazem amizade com um idoso casal bisbilhoteiro do
apartamento ao lado, Roman e Minnie Castevet (Ruth Gordon e Sidney
Blackmer).
Ao passo que a amizade entre Guy e o casal de vizinhos aumenta, ele consegue sucesso
na carreira de ator por desgraça de concorrentes. Além disso, alguns
outros eventos estranhos também sucedem, como a misteriosa morte de uma
jovem que morava com os velhos e o crescente interesse por parte deles
no desejo de Rosemary ter um bebê.
Mia Farrow brilha como a doce e inocente Rosemary Woodhouse e, não à toa, foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz por esse papel. Aos poucos, ela eleva a angústia de sua personagem ao ápica quando, finalmente, se depara com o seu famigerado bebê. Mia entregou-se tanto ao papel, que acabou afetando sua vida pessoal. Por causa de uma das cenas de nudez, seu então marido, o cantor Frank Sinatra, pediu a separação.
O que nos fascina em "O Bebê de Rosemary" não são as cenas com grandes sustos ou efeitos visuais hollywoodianos, sim a sua essência que vai naquilo em que praticamente todos já pensaram ser vítima um dia: o complô. Provavelmente, muita gente saiu do cinema com uma pulga atrás da orelha com algum conhecido. A desconfiança e a sensação claustrofóbica do filme são a receita do sucesso.
O filme, como a maioria dos clássicos de terror possuem coincidências sinistras que servem para compor ainda mais a atmosfera de terror. Roman Polanski teve a esposa assassinada um ano após as gravações do filme, por seguidores do famoso criminoso americano Charles Manson. O crime foi intitulado de "Helter Skelter", por causa de uma das músicas dos Beatles, que teria mensagens subliminares em sua letra, que teriam estimulado o crime. John Lennon, integrante da referida banda, morou durante um bom tempo no prédio onde o filme fora rodado.
Outra curiosidade do filme é que Para fazer as cenas de rituais e cânticos satânicos serem o mais realista possível, o diretor Roman Polanski contou com o auxílio de Anton LaVey, fundador da Igreja de Satã e autor de "The Satanic Bibles", que serviu como consultor nestas cenas.
Por tudo isso, "O Bebê de Rosemary" é um filme imortal que permanecerá sempre em nossas memórias, na lista dos clássicos do terror e que merece ser revisto, pra que o friozinho na espinha continue nos arrepiando.
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