sábado, 19 de maio de 2012

REC (2007)

Quem acha que grandes e assustadores filmes de terror são exclusividade dos Estados Unidos, precisa urgentemente assistir "REC", um filme espanhol dirigido por Jaume Balagueró e Paco Plaza, que já teve duas continuações: "REC 2 - Possuídos" e "REC 3 - Gênesis". Além disso, já tem uma quarta continuação programada: "REC 4 - Apocalipse".

REC, a princípio, utiliza uma técnica já bastante conhecida dos filmes de terror, mas que sempre funciona: a câmera de mão, com pouca luz, gravando os acontecimentos de forma amadora. Esse recurso foi utilizado em outros filmes de sucesso, como "A Bruxa de Blair" e "Atividade Paranormal". A diferença principal de REC está na história consistente e na direção inteligente, que consegue provocar verdadeiros sustos na platéia, como pode ser visto no vídeo abaixo.




SINOPSE: A repórter Angela Vidal (Manuela Velasco) juntamente com o cinegrafista Pablo, vagam pela cidade fazendo matérias com profissionais que atuam somente na parte da noite, no caso do filme, ela resolve mostrar em seu programa “Mientras Usted Duerme” (Enquanto você dorme) a rotina noturna de uma equipe do Corpo de Bombeiros. O grupamento recebe um chamado sobre uma possível briga de casal que está acontecendo em um prédio, ao chegar no local, a Polícia já estava presente e é constatado que se trata de uma senhora de idade que está gritando a horas dentro do quarto sem nenhum motivo aparente. Os Bombeiros, juntamente com a Polícia, resolvem arrombar a porta do apartamento da senhora e começam a entender que não se trata apenas de um problema doméstico.

A partir de então, todos os presentes no prédio passam a fazer parte de um pesadelo real. Por precaução, eles são isolados. Ninguém entra e ninguém sai do prédio e eles são obrigados a conviver com o desconhecido. Acompanhamos a agonia e o terror dos presentes, através da lente da câmera do programa. Pouco a pouco, peças de um gigantesco quebra-cabeça nos são apresentadas para que, enquanto somos levados pelo susto a cada dez segundos, tentemos, juntamente com eles, descobrir o que se passa. O filme possui um roteiro coerente e o que, no início, pode parecer desnecessário ou solto na trama, acaba por mostrar sua real importância. Se não nesse filme, em suas posteriores sequências.

Crianças "endemoniadas" também estão presentes no filme e contribuem para deixar tudo ainda mais horripilante. A maquiagem e as atuações são outros tópicos dignos de elogio. O filme nasceu como um verdadeiro sucesso e já teve até sua versão da terra do Tio Sam. 

Quarentena foi o remake do filme espanhol que, apesar de ter a mesma linha narrativa de REC, possui diferenças importantes em seu desfecho, o que acaba por mudar completamente os rumos da história. A continuação de Quarentena também não terá absolutamente nada a ver com "REC 2" e será independente do primeiro filme. 

O clima claustrofóbico que o filme proporciona, sem dúvida, é o segredo de se tornar tão envolvente e está presente em todos os filmes da franquia. Em pouco tempo, nos pegamos com a mesma respiração leve e os olhos arregalados, esperando que qualquer coisa possa acontecer a qualquer momento. 

As continuações incrementam a história com maiores explicação e mostrando o que fica escondido no primeiro filme. 

Abaixo, o trailer do primeiro filme:


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Crianças do Mal

Em 1993, Macaulay Culkin, viveu o sinistro Henry Evans, em "O Anjo Malvado". O título vai pela cara de anjo do garoto, que vai as maiores atrocidades com o primo, vivido por Elijah Wood. Com um inexplicável instinto assassino, Henry dissimula o tempo todo, enquanto planeja acabar com a própria família.







"Há algo errado com Esther!". Como o próprio slogan do filme já anunciava, a doce garotinha órfã cheia de qualidades, que qualquer mãe sonharia, não passava de uma ilusão. Em "A Órfã", de 2009, Isabelle Fuhrman brilha como a jovem garotinha, que se faz de vítima durante a maior parte do filme e consegue cativar os telespectadores mais desavisados. Pouco a pouco, no entanto, ela prova que não está ali pra brincadeira e consegue destruir a vida da família que a pegou para adoção. O filme é cheio de adrenalina e as atuações são memoráveis. Tá aí uma criança que prova o ditado: "Nem tudo que reluz é ouro!"



Em "A Profecia", de 1976, Damien era, literalmente, o filho do demônio. E é claro que com essa alcunha, ele não seria nenhuma fofurinha. Durante todo o filme, o garoto armava escândalos para não se batizar, infernizava os animais e foi responsável pela morte da própria mãe. Se ele era assim quando criança, imagine depois que cresceu. O filme rendeu continuações e um remake em 2006.




Lillith Sullivan (Jordelle Ferland) é o "anjinho" da vez no filme Caso 39, de 2009, estrelado por Renee Zellweger. Na história, Zellweger é uma assistente social que, convencida que a jovem Lillth sofre nas mãos dos pais, faz de tudo para conseguir salvá-la e levá-la para uma família melhor. Mas é ela que acaba se afeiçoando à garota e adotando-a. Mas estranhos acontecimentos fazem com que ela desconfie que a garota não é tão inocente assim e que aqueles pais eram as verdadeiras vítimas. O filme é bem ao estilo de "A Órfã".




Isaac, o jovem pregador do clássico filme "A Colheita Maldita" (1984), revolucionou o mundo das crianças do mal quando decidiu convencer todas as outras crianças da cidade a matarem todos os adultos. Os pais ficaram receosos depois desse filme.







Em breve, mais crianças sinistras que povoaram o cinema.

Freddy Krueger

Quando se fala em pesadelo, é impossível não associar ao terrível Freddy Krueger, personagem saído da imaginação do diretor Wes Craven. Freddy é um assassino de crianças que, após morrer queimado pelo moradores da cidade, faz um pacto diabólico e consegue a imortalidade, em troca de matar pessoas, por meio dos pesadelos das mesmas.

O aspecto assustador de Freddy é causado por seu rosto queimado e suas mãos com lâminas em forma de garra. Robert Englund foi o ator que interpretou o Freddy mais famoso, em filmes que foram de 1984 a 2003. Em 2010, foi feito um remake com filme original, com Jackie Earle Haley no papel do vilão e, em 2011, Freddy tornou-e um personagem do jogo Mortal Kombat.

Craven, que é um fascinado por filmes de terror, construiu seu filme baseado em pequenos fatos vivenciados em sua infância. “Reza a lenda”, que quando era jovem, leu diversas notícias sobre crianças do Camboja, vítimas do regime político do seu país. Elas estariam sofrendo com pesadelos terríveis desde que chegaram aos EUA e não conseguiam dormir. Depois de um tempo, cada criança começou a morrer por não suportar mais os pesadelos. Os médicos intitularam o fenômeno de “Síndrome da Morte Súbita Asiática”. Para piorar  o  "infanto-Craven" ainda associou este medo dos pesadelos ao um fato arrepiante: Craven teria visto um homem assustador da janela de sua casa, passando na rua, vestido de vermelho. A figura parou e o encarou. Os segundos entre o olhar dos dois foi crucial para que o moleque congelasse as veias. O homem foi embora, mas o terror ficou. (FONTE: Diário do Pará, 2009)


Freddy possui alguns poderes e habilidades, dentre os quais: a imortalidade no mundo dos sonhos, a capacidade de criar e transformar os ambientes do sonho, bem como partes do corpo, teletransporte e a capacidade de ferir as vítimas no mundo real, através dos sonhos, como se fossem bonecos de vodu. Mas, apesar de tudo isso, Freddy também tem fraquezas, que foram mostrados em vários filmes da série. As principais são: a perda de poderes quando trazido ao mundo real, o que é bem difícil, pois para que isso aconteça, alguém precisa agarrá-lo e acordar instantaneamente. Aversão ao reflexo em espelhos, o que também é difícil, pois ele controla os objetos presentes nos sonhos. A coragem das vítimas e a capacidade de ficarem lúcidas nos sonhos, também enfraquecem Freddy.

A refilmagem de 2010 não fez o mesmo sucesso do original. O novo Freddy Krueger ficou mais realista e isso retirou o que mais insitgava no personagem: a capacidade de se modificar e de modificar tudo ao seu redor. Freddy é um dos personagens mais assustadores do cinema. Irônico, ele consegue fazer tremer os mais céticos com sua risada do mal. Quem assistiu ao filme, com certeza, ficou com receio de encontrar o monstro ao dormir.


terça-feira, 15 de maio de 2012

Medo de Palhaços: Pennywise (It, 1990)

Coulrofobia ou medo incontrolável de palhaços é mais comum do que podem imaginar. E, pensando nisso, a indústria do terror se aproveitou bastante dessa informação para povoar o pesadelos dos espectadores.

O palhaço Pennywise ou A Coisa, como também é conhecido, é o assustador personagem do filme "It- Uma Obra Prima do Medo", adaptado de mais um livro de Stephen King. O filme, em si, não é realmente uma obra prima. Feito para TV e dividido em capítulos, torna-se extenso demais (mais de 3 horas de duração) para ser visto de uma só vez, além de não ter uma boa qualidade nos efeitos visuais e pecar em diversas atuações. O personagem Pennywise, feito com maestria pelo ator Tim Curry, no entanto, consegue causar verdadeiros calafrios na platéia.

Sinopse do filme: Derry, no Maine, é uma pacata cidade que foi aterrorizada 30 anos atrás por um ser conhecido como "A Coisa". Suas vítimas eram crianças, sendo que se apresentava na maioria das vezes como o palhaço Pennywise. Com esta forma ele reaparece, 30 anos depois. Quem sente sua presença é Michael Hanlon (Tim Reid), um bibliotecário e único de um grupo de sete amigos que continuou morando em Derry. Assim ele liga para Richard Tozier (Harry Anderson), Eddie Kaspbrak (Dennis Christopher), Stanley Uris (Richard Masur), Beverly Marsh Rogan (Annette O'Toole), Ben Hanscom (John Ritter) e William Denbrough (Richard Thomas), pois todos os sete quando jovens viram "A Coisa" e juraram combatê-la caso surgisse outra vez. Porém este juramento pode custar suas vidas. 

Em uma das cenas mais emblemáticas e assustadoras, o palhaço atrai uma criança, mostrando um balão em um bueiro, quando solta a famosa frase: " Você quer um balão Georgie? Ele flutua. Todos flutuam aqui embaixo.Venha flutuar também...". E acaba por puxar o garoto. Aceitar presentes de estranhos ficou ainda mais perigoso depois desse filme.

Vale a pena ser assistido pelo personagem, pelos sustos e pelos momentos de risada que proporciona. Afinal, esse é um personagem que ficou na mente de quem assistiu e, depois dele, palhaços nunca mais serão vistos da mesma forma.


Filmes de Terror: O Bebê de Rosemary (1968)

O Bebê de Rosemary é uma obra-prima de Roman Polanski, que nos envolve do começo ao fim com seus mistérios, fazendo com que vivenciemos, juntamente com a protagonista, um dos piores pesadelos da história do cinema.

Sinopse: Rosemary e Guy Woodhouse (Mia Farrow e John Cassavetes) são recém casados e mudam-se para o prédio conhecido como The Bramford, em Manhattan. Logo já fazem amizade com um idoso casal bisbilhoteiro do apartamento ao lado, Roman e Minnie Castevet (Ruth Gordon e Sidney Blackmer).
Ao passo que a amizade entre Guy e o casal de vizinhos aumenta, ele consegue sucesso na carreira de ator por desgraça de concorrentes. Além disso, alguns outros eventos estranhos também sucedem, como a misteriosa morte de uma jovem que morava com os velhos e o crescente interesse por parte deles no desejo de Rosemary ter um bebê.

Mia Farrow brilha como a doce e inocente Rosemary Woodhouse e, não à toa, foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz por esse papel. Aos poucos, ela eleva a angústia de sua personagem ao ápica quando, finalmente, se depara com o seu famigerado bebê. Mia entregou-se tanto ao papel, que acabou afetando sua vida pessoal. Por causa de uma das cenas de nudez, seu então marido, o cantor Frank Sinatra,  pediu a separação.

O que nos fascina em "O Bebê de Rosemary" não são as cenas com grandes sustos ou efeitos visuais hollywoodianos, sim a sua essência que vai naquilo em que praticamente todos já pensaram ser vítima um dia: o complô. Provavelmente, muita gente saiu do cinema com uma pulga atrás da orelha com algum conhecido. A desconfiança e a sensação claustrofóbica do filme são a receita do sucesso.

O filme, como a maioria dos clássicos de terror possuem coincidências sinistras que servem para compor ainda mais a atmosfera de terror. Roman Polanski teve a esposa assassinada um ano após as gravações do filme, por seguidores do famoso criminoso americano Charles Manson. O crime foi intitulado de "Helter Skelter", por causa de uma das músicas dos Beatles, que teria mensagens subliminares em sua letra, que teriam estimulado o crime. John Lennon, integrante da referida banda, morou durante um bom tempo no prédio onde o filme fora rodado.

Outra curiosidade do filme é que Para fazer as cenas de rituais e cânticos satânicos serem o mais realista possível, o diretor Roman Polanski contou com o auxí­lio de Anton LaVey, fundador da Igreja de Satã e autor de "The Satanic Bibles", que serviu como consultor nestas cenas.

Por tudo isso, "O Bebê de Rosemary" é um filme imortal que permanecerá sempre em nossas memórias, na lista dos clássicos do terror e que merece ser revisto, pra que o friozinho na espinha continue nos arrepiando.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Filmes de Terror: O Iluminado (1980)

Stanley Kubric levou às telonas o livro homônimo de Stephen King. Uma obra que passa pelas mãos desses dois gênios não poderia ser outra coisa, a não ser um clássico. E, sendo do gênero de terror, trata-se de um dos mais assustadores de todos os tempos.

"O Iluminado" conta a história de Jack Torrance (Jack Nicholson, em uma interpretação brilhante), um homem que segue com sua mulher e seu filho para um hotel isolado, do qual tomam conta. Ele aproveita o momento para escrever seu livro, mas, aos poucos, vai sendo tomado de uma personalidade destrutiva e assustadora, que parece ter ligação com fatos acontecidos anteriormente no hotel. O título fica por conta do garoto, o pequeno Danny Torrance, que tem visões de fatos acontecidos no passado e de fatos que acontecerão no futuro.

Uma das cenas mais marcantes e aterrorizantes do filme é a aparição das irmãs Grandy no corredor, local em que elas foram mortas. O filme é genial por ir, desde o início, plantando o medo e o suspense no telespectador, sem apelar para grandes efeitos. A tensão criada vai em um crescente que, em determinado momento, passamos a achar que tudo aquilo acontece conosco. Kubric consegue encontrar a medida certa nas tomadas, nas interpretações e, até mesmo, nos cenários, que conseguem se transformar em verdadeiros personagem, tamanha a vida que exalam de suas paredes.

A obra não é 100% original ao livro, mas consegue tirar dele o ingrediente principal: o medo! E esse é o principal objetivo de um filme de terror. O Iluminado é uma obra prima do cinema mundial e merece ser lembrado para sempre.